Comunidades Vivas - Padornelo, Parada e Moselos: Igreja e Maçonaria

Igreja e Maçonaria – o começo das hostilidades

4/28/2009 | Publicada por Comunidades Vivas | | Editar mensagem

Poe esta altura, do ano 1738, a Igreja publica o primeiro decreto contra a maçonaria, abrindo as hostilidades de um antagonismo que chega aos dias de hoje. A bula, publicada por Clemente XII, condena a organização e proíbe qualquer católico de a ela pertencer. O rol de acusações é grande, desde o secretismo à promiscuidade permitida entre diferentes religiões e seitas. Para António Matos Ferreira, do Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica, são diversos os factores em jogo, mas é preciso recordar que estamos a falar de um movimento que nasce a seguir às guerras religiosas, à reforma e num país – Inglaterra – protestante, por isso a Igreja vê-lo-á como impregnado das mesmas heresias que proliferavam nesses meios. Contudo, o Papa apenas reage à presença da maçonaria quando esta surge com força nos países de hegemonia católica, e a isto não é alheio a influência da dinastia bourbónica, que dominava grande parte da Europa fiel a Roma e desconfiava da influência dos maçons.A nível doutrinal, são três os principais motivos para a condenação “a autonomia, uma vez que as obediências maçónicas não se regiam pelas leis canónicas ou estatais; o convívio nas lojas de pessoas de diferentes religiões, demonstrando uma secundarização da confessionalidade entendida como relativização da verdade; e ainda o secretismo”. A este respeito convém mesmo citar um trecho do texto da bula, que justifica as suspeitas quanto às actividades maçónicas com o seguinte argumento: «Pois se não estivessem a fazer o mal, não teriam tamanho ódio à luz».

Fonte: http://www.rr.pt

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