Monges franceses na Argélia poderão ter sido mortos por militares

7/09/2009 | Publicada por Comunidades Vivas | | Editar mensagem

Novas revelações indicam que o assassinato de sete monges trapistas na Argélia, em 1996, não foi levado a cabo por extremistas islâmicos mas sim por militares, num erro que depois foi abafado pelos dois países.

O caso já tem 13 anos mas na altura chocou fortemente a sociedade francesa e internacional, e abalou as relações entre França e a Argélia. Os sete monges trapistas viviam num mosteiro isolado nas montanhas argelinas, em território sob o controlo do Grupo Armado Islâmico (GIA), uma força que espalhou o terror pelo país africano durante vários anos, e que tinha fama de degolar as suas vítimas. Em Março desse ano foi anunciado que os monges tinham sido raptados pelo GIA. Dois meses mais tarde o Governo informou que tinha encontrado os seus corpos degolados. Contudo, uma comissão de inquérito entretanto montada para averiguar as circunstâncias do sucedido ouviu da boca de um general francês reformado, que afinal os monges tinham sido mortos por engano, por soldados argelinos abordo de um helicóptero, que os tinham confundido com militantes islâmicos. Ao ser informado desta versão dos incidentes o General comunicou-a a Paris, que o ordenou a ficar calado. Um membro da ordem disse que quando foi à Argélia identificar os corpos teve que insistir para as autoridades abrirem os caixões. Quando finalmente cederam, ficou chocado ao ver que estes apenas continham as cabeças dos monges. Este religioso afirma que isto poderá ter sido feito para esconder os corpos baleados e diz que a embaixada francesa o pediu para não discutir o assunto. A partir daqui as teorias apenas se tornam mais complexas. Uma das versões que está a ser analisada é de que os monges tenham sido raptados inicialmente por elementos do exército, ou para os assustar e levá-los a abandonar o local, ou então para dar má imagem ao GIA. Contudo, mais tarde os militantes islâmicos teriam conseguido capturar os monges aos soldados que os detinham, mantendo-os à sua guarda até ao fatídico acidente. O presidente de França já veio a público pedir que tudo fosse esclarecido. Segundo Sarkozy, é necessário que a justiça cumpre o seu papel. Tanto o primeiro-ministro Raffarin e representantes dos parentes das vítimas já pediram que os arquivos do Ministério da Defesa sejam abertos para se poder averiguar o que se passou.

Fonte: http://www.rr.pt

Monges franceses na Argélia poderão ter sido mortos por militares

Agenda da Catequese 2018-19

Contactos

Etiquetas

Arquivo do Blog

Facebook

Hino Oficial do Ano da Fé

Calendário 2017/2018

Roteiro Advento 2017

Carta Pastoral 2017/2018

PASSO A REZAR

Agencia Ecclesia